friday

Não tenho tido tempo nem muita vontade de escrever. Ando pouco divagante e extremadamente prática, o que por ser raro merece muita atenção. Tem duas coisas erradas na minha vida que preciso consertar, o resto vai bem, obrigada. Tenho lido pouco, voltei a ouvir música brasileira e isso é apaziguador. Ando num estado peculiar de coração aos pulos, sempre na expectativa da comoção súbita. Choro de transbordamento com as coisas mais absurdas, mas é tão meu e é tão pequeno que ninguém ousa dar-se conta. Ando louca por crianças. Com medo de assalto. Com implicância com cachorros caros e metidos, especialmente os de cara amassada. Com pouca paciência, pouquíssima paciência, nada de paciência, especialmente para assuntos e conflitos antigos. Penso todos os dias que conviver comigo deve ser algo de muito difícil. Quero um laptop, mas a conclusão é óbvia. Quero tomar um banho de mar no final de semana, mas preciso cuidar do gato, uma vez que a casa está sozinha. Quero surpresas. Quero sustos, os dos bons. Quero certezas. Enquanto isso, ando banal e cotidiana, o que não deixa de ser bom, assim consigo dar conta do imediato e não ficar sonhando nuvens, flores e borboletas. O dia hoje está bonito, bonito. Dá quase até vontade de continuar feliz.