terça-feira, dezembro 07, 2004

para aninha, e seus sonhos (os mais) bonitos

Tenho que escrever um artigo pra entregar amanhã pra uma cadeira virtual que estou fazendo.
A última antes de me formar.
E estou há horas sentada aqui, ouvindo música, olhando fotos, entrando vezemquando no MSN.
E o MSN, sim, que é o pai de todos os vícios.
Especialmente o ócio.
E a preguiça.

E aí que o arquivo do word está ali, aberto, e nada.
E escrevo uma frase, e nada.

E aí a minha mente começa a devanear flores e borboletas.
Porque sim,
eu sou uma pessoa devaneante. Daquelas que às vezes se perdem de tal maneira em meio a um pensamento, ou a uma imagem, ou a algum som bonito, que correm (permanentemente) o risco de nunca mais voltar.
E aí que se começa a ouvir o baixo lindo dessa música que está tocando agora. E a voz liiiiiiiinda desse homem que canta.
E as ondas da praia do seu pensamento quebram inusitadamente em meio a uma buenos aires sem mar por onde passeia agora sua melhor amiga. E a voz linda do homem choraminga saudades e o olhar de uma criança que inventava músicas antes de dormir. E (re)inventa o olhar triste do menino bonito que nunca lhe tocou violão. E sonha sorrisos e surpresas e relembra um ano-novo numa Sicilia outrora tão próxima e naquele trem onde está cada vez mais longe cada vez mais longe cada vez mais longe a vista para o azul do oceano. Tão lindo que dava vontade de chorar.
E as noites sem dormir olhando para o céu e pensando "o que será que vai acontecer agora?". Porque algo sempre acontece.
E tudo pode ser sempre tão bonito. É só querer. E é só imaginar bonito.
Ou não?

...

E agora voltar.

(E voltar pra onde mesmo?)
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Para aqui.
Para o começo.
O retorno é sempre para o começo.
Como o fim.