terça-feira, janeiro 25, 2005

e enfim

E quando ela lembra do sonho, da água, de atravessar o rio e chegar enfim chegar encharcada os cabelos escorrendo os olhos úmidos quando Alice lembra o coração aumenta diminui e ela sente vontade de sorrir chorar sair correndo caminhar sobre sob dentro da água. Bem assim.
E quando ela sente os olhos assim úmidos a água a inundar-lhe as lembranças as palavras a se desenharem e dançarem sem que ela comande sem que ela sofra sem que ela doa sem que ela se esforce quando acontece assim bem assim é como se tudo enfim fizesse um sentido que nunca antes havia feito. Porque tudo segue a uma lógica, sim, sim sim tudo segue a uma lógica e Alice está caminhando ela está caminhando ela só não correu ainda porque ela olha para todos os lados olhos deslumbrados assustados olhos de quem vê pela primeira vez a vida os sonhos o futuro o amor e ela vai vislumbrar mais do que o branco, esse branco enorme amedrontador anêmico esse branco vai colorir vai colorir sim. Porque tudo que está por vir, está por vir. Simples como que.