domingo, agosto 14, 2005

Eu gosto de ver concertos de música clássica na televisão
mais do que no teatro
(perdoem-me a falta de erudição)
porque a coisa mais intrigante do mundo
são as expressões emocionadas
furiosas
descontroladas
apoteóticas
ou engraçadíssimas
do maestro.
E os movimentos do corpo:
alguns são quase bailarinos
outros parecem uma caixa de papelão
acionada por algum mecanismo eletrônico.
Agora, por exemplo
um bolero de ravel
e ele logo logo chora
ou sublima
ou explode no ar em milhões de purpurinas.