terça-feira, agosto 09, 2005

one day


Um dia o André me contava que tinha ido a uma sessão de autográfos dele. E que tinha conseguido uma dedicatória, um autógrafo e um convite aceito para o orkut. E ele falava assim emocionado que a sensação era como ter conseguido um autógrafo de Clarice Lispector. Eu achei exagero e ri, boba que eu sou. Hoje, lendo o blog dele, eu fiquei envergonhada de mim, da minha cegueira e falta de fé. Porque a sensação vertiginosa, o aperto no coração, a vontade de chorar, a experiência abissal de estar diante de uma imensidão de lindeza eu senti poucas vezes na vida. Com poucos, raros escritores e veja bem, eu já fui bastante promíscua. Hoje, só cultuo dois deuses: Clarice Lispector e Manoel de Barros.
Mas aconteceu, pois, que hoje comecei a erguer lentamente mais um altar.
É dele.