domingo, fevereiro 18, 2007

crazy cock

O sangue era potente, mágico, fecundo. O sangue era um êxtase de dor e de beleza, um milagre da destruição criativa, uma partícula da essência divina, talvez a própria essência. Onde o sangue fluía a vida era vigorosa. Onde havia canção, havia sangue, e onde havia adoração, havia sangue. Havia sangue no pôr-do-sol, nas flores do campo, nos olhos dos loucos e dos profetas, no brilho das pedras preciosas. Onde quer que houvesse vida e música e embriaguez e adoração e triunfo, havia sangue.


Porque Henry Miller é o cara.
E passos lentos dançando ao som dos chuviscos pra fazer desmanchar todas as fantasias desse atrapalhado carnaval.