sábado, dezembro 30, 2006

TPM às vésperas do ano novo, e essa coisa sem nome que não passa nunca mais, trazendo espanto aos olhos, horas poucas de sono, um tanto de delírio aos verbos, risadas nervosas e uma vontade grande de ouvir Milton Nascimento às oito horas em ponto da manhã.

a propósito

quem foi mesmo que disse: "sua força consiste na impossibilidade", ou algo assim?

sábado, dezembro 23, 2006

sim, há

há o natal que chegou trazendo más notícias, há o amor do amigo que se perde em meio ao (meu) descaso. há os dias infernalmente quentes e há a vontade de assassinar, no mínimo, uma dezena de pessoas ao caminhar pelo centro debaixo de sol e em meio a camelôs e pessoas desesperadas. há o delírio coletivo que deixou em estado de imbecilidade metade desse estado que desperdiça toda a potência de derramamento de si em função de algo tão idiota quanto o futebol. eu odeio futebol. odeio. odeio a maneira como as pessoas gritam, odeio a maneira falsa como as pessoas torcem, sim que há algumas realmente espontâneas, mas tantas se esforçando a sentir parte de um todo inútil. odeio ser acordada às dez horas de manhã de um domingo com o coração na boca porque na rua os zumbis acordam pra comemorar um gol e voltar a ser infelizes assim que a comoção coletiva acabar. sim, eu sou deveras ranzinza, eu nunca disse que não. e eu falava do que há. há o ano de 2006 que foi, a sua maneira, especial. há tantas coisas a serem ditas, escritas, lidas, escutadas, descobertas. há tanto potencial de descoberta na vida que eu chego a esquecer que tanto. há tudo aquilo perdido no limbo onde vivem as coisas que se esquece, se abandona ou simplesmente das quais se desiste. há o silêncio puro, quando a música, embora linda, não se faz necessária. e eu passo longos períodos em silêncio. e há a lua. e ontem (hoje?) foi solstício de verão nas bancas de cá do planeta, e agora até sabe-se lá quando ao certo, a lua mora bem em frente aos meus olhos quando deito de lado na cama. apesar de toda chatinhice, há coisas das quais não se pode negar o tamanho da beleza. e sim, há o natal. que venha, pois.


terça-feira, dezembro 05, 2006

recesso

até segunda ordem, não há mais sentido em escrever por aqui.