Um nó na garganta, uma angústia tão grande, uma sensação tão esquisita, tão única, tão diferente de tudo que já se sentiu, daquelas que não há palavra, música ou cor que as possam definir.
E essa tendência insuportável de procurar dramaticidade em tudo, de olhar para as coisas com aperto no coração e olhos de adeus e sentir-se assim, atriz emocionada num teatro sem platéia.
E amanhã, sim, amanhã vem o grande silêncio e todas as infinitas possibilidades que eu procuro procuro e sim, eu não vou deixar de acreditar que elas realmente existem e não são mais uma mentira de papai noel.
E tá,
eu ia começar falando da saudade do que foi, do que nem chegou a ser, do que pensei e do que sei lá que mais.
Mas a música mudou,
e chega de drama.
Agora começa a festa.
Acabo de decidir.