sábado, dezembro 25, 2004

olha só:

Papai Noel mandou avisar:

Feliz dia do gnomo verde!
Porque a mocinha aqui ganha pijama de presente da amiga da mãe desde os 12 anos e até acha divertido.
E porque o natal, esse está deixando um pouco de ser tão triste.

Tá,
só um pouquinho ainda.

Mas isso eu trago comigo desde menina, né. Não larga nunca mais do meu calcanhar.



E agora, eu quero uma casa com vista pro mar!!!!!!


quarta-feira, dezembro 22, 2004

Me falaram que as coisas que eu escrevo são tristes.
E não foi a primeira vez que eu ouvi isso.
Uma vez alguém me disse que eu tinha os olhos tristes.
E repetiu muitas, muitas vezes depois.
Dia desses, eu estava numa festa, me divertindo a cântaros, e alguém disse que eu parecia "arrasada".
Aí eu penso:
Será que a tristeza está nos olhos de quem vê?
Ou eu devo acreditar de fato,
que ninguém vive, ama, chora e lê Clarice Lispector nessa vida impunemente?



domingo, dezembro 19, 2004

cartas - parte II

(...) A coisa que eu mais gostava era no tempo frio sair fumacinha da minha boca. Pipocas, Fernando! Clarice Lispector só toma café com leite. Clarice Lispector saiu correndo no vento na chuva, molhou o vestido, perdeu o chapéu. Clarice Lispector sabe rir e chorar ao mesmo tempo, vocês já viram? Clarice Lispector é engraçada! Ela parece uma árvore. Todas as vezes que ela atravessa a rua bate uma ventania, um automóvel vem, passa por cima dela e ela morre.
Me escreva uma carta de 7 páginas, Clarice.

(De uma carta de Fernando Sabino à Clarice Lispector.
New York, 10 de junho de 1946)



Longe de mim copiar Fernando Sabino. Se eu pudesse ter escrito cartas à Clarice Lispector acho que desaprendia português na hora em que pegasse papel e caneta.
Mas ele escreveu das cartas mais bonitas que já li.
E ele conta coisas que, se contasse eu numa carta que eu jamais chegarei a escrever, seriam mais ou menos assim:



Passei longos intermináveis dias sem sair de casa e as madrugadas quentes sem ventilador queimando em febre e chorando às cinco em ponto da manhã.
Mas passou passou, tudo passa, e restaram as olheiras fundas e o olhar para a janela porque lá fora chove e estou em casa de novo porque chove chove chove e é domingo e eu queria ir ao cinema, mas chove sem parar e eu não posso chover tanto assim.
E eu te conto que tenho estado calma agitada nervosa histérica depois serena como um dia de outono.
Tenho sentido tanta saudade de amigos que estão lá e acolá, mas não aqui. Não aqui.
Tenho tido uma vontade louca enorme quase incontrolável de viajar.
Tenho sentido vontade de estudar francês.
Tenho gostado de melão, barrinhas de cereal e suco de manga.
Tenho escrito pouco, lido muito, visto menos filmes do que eu gostaria.
Não tenho me reconhecido em fotos. Porque imagino meus contornos diferentes do que eles realmente são, e daí quando me vejo vem um espanto de passarinho.
Tenho me sentido cotidiana, simples, previsível, sem a menor necessidade de grandiloquência e filosofias.
Tenho gostado de verbos simples, cores primárias, de dormir de janela aberta e acordar com sol. Tenho sentido cada vez menos melancolia.
Ainda não me acostumei com a idéia de ser uma pessoa formada. É engraçado pensar em dizer: "estou formada". Porque quem me olha sabe que ainda estou absolutamente incompleta.
Tenho cultivado o hábito de descrever imagens e escrever em postais. Eu às vezes escrevo longas descrições de quadros bonitos mas não tenho coragem de mandá-los porque me dá tristeza e saudade.
Quando eu consigo, é minha maior prova de amor.


E eu tenho escutado muito muito o silêncio. Foi o Manoel de Barros que me ensinou.
E se eu soubesse, colocaria uma imagem aqui agora. De um postal da Clarice que o André me emprestou uma vez.
Mas eu não sei.
Então deixa pra lá.




Tenho feito descobertas importantes, por exemplo: o pecado é simplesmente tudo o que Cristo não fez.



Cartas

Tô lendo, apaixonada, as Correspondências da Clarice Lispector
E deposita-se em mim um silêncio tão grande que nenhuma palavra conseguiria alcançar.



quinta-feira, dezembro 16, 2004

listas daqui

Porque um dia inteiro em casa me fez pensar em algumas coisas super importantes.
Filmes que eu preferia nunca na vida ter tido (cacofonia) a péssima idéia de ver:
  • Irreversível (esse o primeiro da lista sem a MENOR dúvida)
  • Shrek 2 (esse porque eu gostei tanto, mas tanto, mas tanto do primeiro, que quase morri de expectativa frustrada quando vi o segundo)
  • Efeito Borboleta (vontade de sair gritando: Porque me recomendaram esse filme?!!!!)
  • Mar Aberto (Socorro. Preferia os tubarões)
  • O Terminal (e seu roteiro suuuuuuuper verossímel)
  • O espanta tubarões (porque eu não sou palhaça de ninguém)
  • Viva voz (um filme brasileiro muito "engraçado")
  • Quem vai ficar com Mary? (tá, esse faz tempo. É que nunca esqueci o estado de choque ao sair do cinema. E eu tinha só 17 anos.)
  • O diário de Bridget Jones (ai, que vergonha)
  • Os idiotas ("como assim?!", me diriam os entendidos em dogma 95. Mas eu ODIEI esse filme e saí vomitando do cinema. Sei que é nojento, mas é a mais pura verdade. E eu não mereço passar por isso.)
  • Could Mountain (não sei como escreve. Com a Nicole Kidman. Aquele filme em tons de outono que desde o começo você já sabe o que vai acontecer no final)
E,
por falar em outono:
  • Outono em Nova York (com o casal cheio de química Wynona e Richard Gere. A coisa mais insossa que jamais vi.)
E também tem o Frida, que não é que eu tenha gostado, eu só esperava sentir uma vertigem grande de amor. E foi bem médio.
E você?
Colabore com a minha memória, não consigo lembrar de mais nenhum. Acho que as más lembranças estão sendo apagadas. O que não deixa de ser bom.
(E esse dia não acaba nunca mais?)

estranho?

Estranho é sobreviver (quase) intacta a um longo inverno e chegar no dia 15 de dezembro com a garganta em frangalhos, revirar a noite em febre delirando, não conseguir comer nem beber nem falar direito e olhar pela janela e o sol está brilhando odiosamente e tem passarinhos e tudo o mais e você sente frio calor frio calor frio calor e já não sabe mais o que faz do próprio corpo já que tudo incomoda e dói e depois de tudo dar-se conta de que daqui a alguns dias é Natal e você assim, bem assim.
Tudo bem perfeito mesmo.



Além de tudo, fico insuportável quando estou doente.



terça-feira, dezembro 14, 2004

sobre alice. ainda.

Ah, mas que estou me despedindo aos poucos do orkut e logo passa essa mania chata de escrever sobre mim e de começar tantas frases com "eu".
Eu prometo.

Eu sou chata pacas.
Bem chata. E uma egoísta disfarçada. E não sou muito moderna não. Jamais teria um "open relationship" no meu profile, por exemplo. Problemas de dividir, saca? Eu tive uma única Barbie a minha infância inteira. Só uma. E ela dormia de costas, mas com o pescoço bem virado pro lado. Eu ficava meio angustiada, mas achava legal alguém dormir assim. E tudo isso pra contar que ela ainda está no armário, pois que eu ainda não tive coragem de doá-la. Apego, entende? E a tal da dificuldade de dividir.
Eu tenho mania de dizer "entende?" a todo momento. A Aninha me dizia que isso incomodava. A Aninha é minha melhor amiga. Eu sinto tanta falta dela que chega a doer. Ela me trocou pelos argentinos. (Né, Aninha?)
Tem várias coisas em mim que eu não conto pra ninguém. Tem várias coisas em mim que eu não deixo que ninguém perceba. Acho que se a gente deixa ver tudo, as pessoas fogem. A gente precisa um pouco de mentiras pra viver, o Alexandre me disse isso esses dias. Acho que ele estava certo.
Mas então eu estava dizendo que eu sou chata.
Eu xingo motoristas e cobradores de ônibus quando eles me deixam meia hora na parada esperando.
Eu sou preconceituosa com mulheres peruas e homens que fazem musculação até ficarem brilhosos e com pessoas que balançam a cabeça afirmativamente sem parar quando alguém está falando.
Eu odeio todos os ônibus que comecem com letras. Especialmente o T6.
Eu queria ter sapatos confortáveis pra caminhar até o gasômetro sem reclamar. Mas eu não tenho sorte pra comprar sapatos confortáveis, pois que eu tenho muito pavor de parecer baixinha, meus critérios de compra são meio duvidosos.
Eu sou a mulher mais alta da minha família. O que não quer dizer que eu seja alta, obviamente. Eu sou praticamente analfabeta em inglês. Eu me sinto muito engraçada tentando pronunciar coisas em inglês.
Eu fico insuportável quando a temperatura passa dos 30 graus.
Eu odeio verão com toda a intensidade imaginável.
Eu comecei a fumar aos 14 anos porque eu queria muito ser blasé. Aí eu descobri que eu não tinha vocação pra ser blasé e parei de fumar. Ontem eu impliquei com a fumaça do cigarro de um cara. Fiquei assustada.
Eu adoro dizer extremamente. E quase todas as coisas terminadas em mente. Eu gosto de palavras que soam bonito quando são ditas.
Eu já quebrei tantos copos na minha vida que daria pra abrir um bar. Eu quebro coisas na casa dos meus amigos. E na minha também, não pensem que é privilégio.
Meu apelido na creche era "foguete sem rabo". Nunca entendi a parte do rabo.
Eu sou ciumenta e possessiva. Eu espero amor incondicional das pessoas, sempre. Eu amo incondicionalmente, mesmo quando não parece.
Eu fico profundamente magoada com pessoas que fingem não me conhecer na rua. Ou em qualquer outro lugar.
Eu não aprendi ainda a não me importar com o que as pessoas acham de mim. Pelo menos algumas.
Eu danço sozinha em casa e me mato de rir.
Eu já fui mordida por um cachorro. Eu já fui mordida pelo meu gato. Eu não gosto de ser mordida nem por um, e nem por outro.
Eu dou bom dia para o meu gato de manhã.
Eu sempre morri de inveja de quem sabe desenhar.
Eu acho a Juliane Moore a mulher mais linda do mundo.
Eu não entendo os filmes do David Lynch.
Eu gosto de entender coisas.
Eu não decifro charadas.
Eu não sei jogar xadrez.
Eu não sei assobiar.
Eu jamais teria coragem de saltar de pára-quedas, mas eu digo pra todo mundo que sim.
Eu gosto mesmo é de ser paparicada.
E eu nunca pintei o cabelo.

E ah, eu não estava triste no sábado, não.
Era só decepção.
.

medo

Alguém já viu a novela das sete?
Se o horror tivesse nome, seria o Marcos Paulo de galã.
E o Abujamra é o santo redentor de todos os atores desse país.
Depois dele,
ninguém mais se atreverá a chamar nenhum outro de canastrão.

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Tirei a segunda janela.
Mas os comentários estão pra sempre perdidos.
Assim,
bem dramático.
Ao menos agora, ninguém mais precisa ser anônimo.
Só se quiser. Né, Márcia?









Coloquei uma janelinha de comentários aqui e ela criou vida própria.
Apagou todos os comentários anteriores, além de inventar uma outra janela que não sei pra que serve.
Eu realmente sou um talento nato para internet.




do silêncio. e dos silenciosos

Só pra terminar bonito o domingo:

Bernardo é quase árvore.
Silêncio dele é tão alto que os passarinhos ouvem de longe.
E vêm pousar em seu ombro.
Seu olho renova as tardes.
Guarda num velho baú seus instrumentos de trabalho:
1 abridor de amanhecer
1 prego que farfalha
1 encolhedor de rios - e
1 esticador de horizontes.
(Bernardo consegue esticar o horizonte usando três fios de teias de aranha. A coisa fica bem esticada.)
Bernardo desregula a natureza:
Seu olho aumenta o poente.
(Pode um homem enriquecer a natureza com a sua incompletude?)

De O livro das ignorãças. O livro que dividiu minha paixão pela poesia em antes e depois de Manoel de Barros.


Tô com as Virgens Suicidas aqui em casa.
(Adorei dizer isso.)









sobre ontem à noite

Pulp no Ocidente ontem. A festinha básica de todo mês.
Porque eu e o Wagner temos uma teoria muito linda sobre pessoas que saem pra dançar (só)uma vez por mês. Acho que vou adotar esse saudável hábito. Economiza dinheiro, diminui a probabilidade de festas chatas, e, principalmente, dá um descanso pro fígado.
Eu só queria mesmo era ter levado a minha máquina. Ah, mas que eu queria. Alguns momentos ali mereciam registro.
...
Mas confesso que morri de vontade de ficar em casa vendo filme e dormindo cedo.
Coisa que tenho (cada vez mais) adorado fazer.
Que medo.



sexta-feira, dezembro 10, 2004

dos prazeres mais baratinhos

Coisa boa de chegar cedo em casa na quinta-feira é ver a Grande Família.
E com um pouco de concentração, eu acho a minha mãe até parecida com a Marieta Severo.
Sério mesmo.
As duas coisas.






Utilidade Pública

Norah Jones

Show de Abertura: Jesse Harris (quem é?)

Quando: 13 de dezembro, segunda-feira (tô livre)
Hora: 21h (perfeito)
Onde: Teatro do Sesi[Assis Brasil, 8787] (Eu sei onde é)

Ingressos:

(Agora vem a melhor parte!)

Mezanino: R$ 100,00
Platéia Alta: R$ 200,00
Platéia Baixa: R$ 300,00

Alguém me convida?!




terça-feira, dezembro 07, 2004

Devaneante é uma palavra que não existe.
Acabo de descobrir.
Mas são tão mais lindas, não?







para aninha, e seus sonhos (os mais) bonitos

Tenho que escrever um artigo pra entregar amanhã pra uma cadeira virtual que estou fazendo.
A última antes de me formar.
E estou há horas sentada aqui, ouvindo música, olhando fotos, entrando vezemquando no MSN.
E o MSN, sim, que é o pai de todos os vícios.
Especialmente o ócio.
E a preguiça.

E aí que o arquivo do word está ali, aberto, e nada.
E escrevo uma frase, e nada.

E aí a minha mente começa a devanear flores e borboletas.
Porque sim,
eu sou uma pessoa devaneante. Daquelas que às vezes se perdem de tal maneira em meio a um pensamento, ou a uma imagem, ou a algum som bonito, que correm (permanentemente) o risco de nunca mais voltar.
E aí que se começa a ouvir o baixo lindo dessa música que está tocando agora. E a voz liiiiiiiinda desse homem que canta.
E as ondas da praia do seu pensamento quebram inusitadamente em meio a uma buenos aires sem mar por onde passeia agora sua melhor amiga. E a voz linda do homem choraminga saudades e o olhar de uma criança que inventava músicas antes de dormir. E (re)inventa o olhar triste do menino bonito que nunca lhe tocou violão. E sonha sorrisos e surpresas e relembra um ano-novo numa Sicilia outrora tão próxima e naquele trem onde está cada vez mais longe cada vez mais longe cada vez mais longe a vista para o azul do oceano. Tão lindo que dava vontade de chorar.
E as noites sem dormir olhando para o céu e pensando "o que será que vai acontecer agora?". Porque algo sempre acontece.
E tudo pode ser sempre tão bonito. É só querer. E é só imaginar bonito.
Ou não?

...

E agora voltar.

(E voltar pra onde mesmo?)
.
.
.
.
.
.
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.
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Para aqui.
Para o começo.
O retorno é sempre para o começo.
Como o fim.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

e isso não é uma metáfora

Passei o dia esperando um beija-flor que vem tomar água todas as tardes na janela da sala do meu apartamento.
Eu queria fazer um filme dele. E esse era o projeto de todo o meu domingo.
Mas aconteceu que ele não quis ser personagem do meu filme, e justo nessa tarde em que eu o esperei ele não veio tomar água na janela da sala da minha casa.
E, lá pelas tantas, eu o vi sentado numa folha da árvore olhando aqui pra dentro. Bem magrinho.
E eu lembrei que alguém me disse que se ele fosse realmente um beija-flor, ele não sentaria.
E esse alguém me deu toda uma explicação muito lúdica e científica sobre o não sentar de um beija-flor, e falou também que eles são capazes de morrer de susto. Tão bonito alguém morrer de susto.
Mas aí que esse alguém me disse que ele sentasse, não era beija-flor.
E ele sentou.
Mas eu não acreditei.



domingo, dezembro 05, 2004

Live from Mars

E esse Ben Harper me comove.
Acabo de me apaixonar.
Ida e volta até Marte.
Ou mais.










my dearest charlie,

Será que agora você também se anima?







das novidades. das descrições. das tais palavras andantes das quais falou o Seu Eduardo.

E então que eu tenho um perfil no orkut (!).
E tem lá o about me que eu fiz há uns meses e que, conservadora que sou, ainda não consegui mudar. Também porque acho bonitinho. E, principalmente, porque não me animei a escrever outro.
E na sexta eu vinha no ônibus,
(e longos e intermináveis minutos dentro de ônibus)
ouvindo Cowboy Junkies (e eu ando louca por Cowboy junkies) no discman (e eu não vivo sem discman) e pensando em escrever um perfil novo. E na hora ele me saiu tão legal que fiquei até meio frustrada por não ter papel e caneta ali.
Mas aí resolvi escrever outro agora.
Que acho que vai ficar por aqui mesmo.
E ele é assim, o tal about me myself:


Sim, que eu adoro gatos, pássaros e dias de chuva.
E que gosto de gente silenciosa e gente falante e gente que diz coisas inusitadas e gente que não se leva a sério demais e gente que fala com vozes engraçadas com os bichos, e que acho que nada no mundo é mais lindo que uma pessoa que chora quando ri.
Que eu sorrio muito e acho muita graça das coisas, e divirto-me a cântaros comigo mesma, mas não entendo piadas quase nunca. E que quando eu choro (e muito) quase ninguém vê.
Que eu às vezes faço rimas sem me dar conta, e as detesto.
Que eu sou loucamente apaixonada pelo Manoel de Barros. Que eu queria ter escrito "não tem altura o silêncio das pedras".
Que eu tenho medo de cachorro. Muito medo de cachorro. Tanto medo de cachorro que mudo de calçada quando vejo um. Que eu também tenho medo de mariposas que a minha vó dizia que viravam bruxas à noite.
Que eu detesto sentir calor. E que no verão sempre sonho em mudar-me para a Noruega. Que tenho uma certa fixação pela Noruega. E por tulipas, que são minhas flores mais lindas.
Que eu tenho horror de brincos dourados de argola.
Que eu adoro os olhos da Twiggy.
Que eu sou a pessoa mais ciumenta do mundo inteiro.
Que eu fico envergonhada quando conheço pessoas novas.
Que eu sou muito tímida, mas tem quem não acredite.
Que eu um dia ainda vou escrever um about me na terceira pessoa. Pra que as pessoas não pecebam que eu sou assim, tão concentrada em mim mesma.
E sou, sabe?


E ah, eu também invento algumas coisas às vezes.