segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Até o final da manhã terei uma notícia, que, se for "sim", meu deus meu deus, vou chorar até o domingo de tanta felicidade.

(U2 em Buenos Aires. Deus é papai é EU VOU. E vou subir no palco, pode apostar.)

domingo, fevereiro 26, 2006

da minha pequena caixa de milagres

"eu acho que buscar a beleza nas palavras é uma solenidade de amor".

É ao avesso, torto, dramático, fatalista, abusado, irônico e fantasioso, mas o que há em mim é a manifestacão mais genuína do que seria o amor.

Vou amanhã para Buenos Aires passar três dias com Aninha, matar a saudade da minha amiga e talvez perder minha implicância grande com os porteños (ou não). Reencontrarei o que restar do meu coração no sábado, em terras uruguaias, onde as pessoas são pequenas e distribuem beijos e sorrisos, indistintamente. Há (muitas) vezes em que me sinto uma picareta filosofando amor em blog, mas é preciso. É preciso acreditar amor para acreditar pleno para acreditar sentido para acreditar salvação para acreditar perdão para acreditar verdades para acordar e vez em quando sorrir, sabe?

a propósito:
Eu odeio carnaval.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Faltam dois dias, só dois dias só dois dias só dois dias só dois dias...

P.S.: Já contei que vou pro Canadá?
Então, um dia desses eu vou.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

live from morumbi - parte II

Gisa diz:
claro que sim
Gisa diz:
já chorei e tudo
Gisa diz:
eu AMO
Gisa diz:
o bono me emociona
eis que uma nova idade chega.... diz:
eu também,me emocinei
Gisa diz:
gosto mais que rolling stones, mil vezes mais
eis que uma nova idade chega.... diz:
eu também
Gisa diz:
eu estaria aos berros, lavada de chorar se eu estivesse lá
Gisa diz:
adorei essa foto
eis que uma nova idade chega.... diz:
esse é um show de assistir chorando inteiro
sim... tá vendo??
Gisa diz:
o xou?
Gisa diz:
preciso ver essa música!!!!!
eis que uma nova idade chega.... diz:
meu deeeussss.........
eis que uma nova idade chega.... diz:
vou morrer!
Gisa diz:
vou morrer!!!!!!!!!!
Gisa diz:
eu ia dizer isso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Gisa diz:
aaaaaaaaaaaaaaaaaamoooooooooooooooooooooo
eis que uma nova idade chega.... diz:
in the name of love..................
eis que uma nova idade chega.... diz:
peraí...........
Gisa diz:
ai meu deus, agora comeca os atques do coracao!!!!!!!!!!!
Gisa diz:
amo muito tudo isso
eis que uma nova idade chega.... diz:
to em estado de choque....ARREPIADO!
Gisa diz:
vou morrer
Gisa diz:
wagner, porque a gente nao tá lá?????????????????
Gisa diz:
que coisa mais linda meu deus meu deus
eis que uma nova idade chega.... diz:
é uma celebração
Gisa diz:
é apoteótico, é orgasmático, aiiiiiiiiiiiiiii
Gisa diz:
agora vem o zeca camargo, ng merece
Gisa diz:
comercial no meio disso
Gisa diz:
vou ligar o ventilador que deu calor
eis que uma nova idade chega.... diz:
vao tomá nocucucucucucucucucucucucucucucu..................................................
Gisa diz:
zeca camargo, vai te fudêêêêêê!!!!!!!!!!
Gisa diz:
glória pires, morra!!!!!!!!!!
eis que uma nova idade chega.... diz:
BELISSIMA DO CARALHO!
Gisa diz:
agora a multidao grita em coro pro zeca: "VEADO VEADO VEADO"
eis que uma nova idade chega.... diz:
SÓ PODIA SER AMULHER DO ORLANDO MORAIS.....
Gisa diz:
ui. o orlando morais só é pior que o marido da rita lee
eis que uma nova idade chega.... diz:
olha a piti......
Gisa diz:
agora a pitty abduzida pelo celular
eis que uma nova idade chega.... diz:
piti do caralho]
Gisa diz:
morra piti!!!!!!!!
Gisa diz:
agora e ivete sangalo, NAO
Gisa diz:
SOCORRO
eis que uma nova idade chega.... diz:
tomara que ela nunca mais saia dquele celular
Gisa diz:
mas ela sai e volta e sai e volta todo dia
eis que uma nova idade chega.... diz:
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Gisa diz:
ivete vai morar na casa do caralho!!!!!!!!!
eis que uma nova idade chega.... diz:
PUERA,PUERA,LEVANTÔPUERA
Gisa diz:
eu tenho vontade de arrancar as argolas da ivete
Gisa diz:
não SUPORTO enxergar aquelas argolas
Gisa diz:
voltou
eis que uma nova idade chega.... diz:
VEADO!VEADO!VEADO!
Gisa diz:
zeca camargo se jogue que a galera te queeeeeeeeeer
eis que uma nova idade chega.... diz:
OLHA O CARTAZ DA MINHA FESTA....
Gisa diz:
memanda!!!!!!!!!

P.S.:


O cartaz

P.S.2:

Meu perfil foi parar lá embaixo. Emocionou-se.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

live from morumbi

A primeira vez que eu ouvi U2 minha cabeça rodopiou três vezes no ar e eu quase desmaiei de tanto delírio. Nos primeiros acordes eu já adivinhava que era aquela voz, aquelas guitarras vertiginosas e aqueles gritos viscerais que tinham o poder de pulsar na exata medida do máximo da empolgação que pode caber em mim. As pessoas riem quando eu digo que, para mim, U2 é melhor do que Os Beatles e que Bono Vox equivale quase que praticamente a deus. Mas pra mim é. Porque não há melhor religião que a música e porque ninguém no rock conseguiu me fazer mais feliz e porque não há no mundo alguém (vivo) que cante como ele, fazendo ecos no meu coração. Tá, tem The Smiths também, mas hoje deixa pra lá. E hoje, aqui no quarto, às lágrimas assistindo Bono cantar no Morumbi eu só espero o momento em que ele cantar With or without you. Porque podem ter certeza todos que aqui estamos e que por vós esperamos, podem ter certeza que quando ele cantar essa música, eu vou gritar até me ouvirem em São Paulo.

e logo depois vem o carnaval

Eu queria ter certezas que dessem voltas em mim e me deixassem calma e segura.
Eu queria acreditar que tudo que se diz é verdade. Eu queria deixar de sentir raiva.
Eu queria voltar a sentir puro, sem névoas. Queria conseguir escrever textos em folhas soltas e deixar em cima da cabeceira dizendo que lindo. Eu queria escrever poemas olhando para o rio.
Eu queria poder sonhar e inventar planos mirabolantes sem ter medo que tudo desmorone.
Eu queria inventar verdades sem receio de encontrar máculas.
Eu queria acreditar que a realidade fantástica ainda é possível, mesmo depois de todas as provas do não.
Eu queria voltar a sentir como eu sentia, ser como eu era, acreditar no que éramos. Eu queria nunca mais ouvir gritos no coração.
Eu queria voltar a conversar descobertas e encantamentos, e nunca mais viver em busca das entrelinhas.
Eu queria voltar lá no início, e recomeçar como merecia ter sido. Mas agora não dá. E o mais trágico é a constatação pura e simples de que não há mais tempo para alguns recomeços.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

da infância



Quando eu era criança eu tinha angústias intermináveis, para as quais nunca mais na vida encontrei parâmetro. Eu tinha angústia de ser, de estar, do que viria, eu tinha angústia com o simples fato de me observar fora de mim e me achar absolutamente estranha e meio deslocada de tudo. Eu tinha angústia das minhas pernas, dos meus olhos arregalados, do meu corpo que crescia e doía todas as noites. Eu fantasiava mundos e achava-os inatingíveis, eu imaginava belezas e temia nunca encontrá-las, eu abraçava minha mãe e ela dizia que a minha vida seria linda e eu acreditava mas logo em seguida não. Eu nunca tive amigos imaginários, mas filha única que era passava o tempo a tecer longos diálogos comigo mesma, sobre as pessoas, sobre o futuro, sobre mim mesma. Parece absurdo pensar que eu tivesse todas essas questões filosóficas tão cedo, mas era bem assim. Não que eu fosse precoce ou qualquer coisa de excepcional, eu era uma criança normal que tinha a peculiaridade de sentir em si todas as inquietações do mundo, como um grande filtro de hipersensibilidade que captava coisas que só em adulta eu iria entender de fato. Da infância, herdei o drama, a reação exagerada ao mundo, os ataques desmedidos de medo, mas também restou uma alegria infantil, um olhar afinado para o pequeno e belo, uma facilidade em admirar-se e rir até dar voltas em mim mesma e uma tendência à idolatria, ao amor extremado e às vertigens. Em dias como hoje, em que o mundo me apavora e tenho vontade de me aninhar em mim e fechar os olhos até inventar a calmaria, eu choro até virar criança, abro a janela e redescubro o sol e digo pra mim mesma “um dia você cresce e nada disso vai mais te assustar”, visto meu melhor sorriso, abro a porta e vou.

é assim:

Tô cansada, irritada, estressada, insone, sem fome, indecisa, ansiosa, com o estômago em frangalhos e única vantagem disso é que estou emagrecendo bem. O ano que parecia cheio de novidades e maravilhas está se mostrando um desafio, em todos os sentidos, e eu volto a me sentir novamente com 15 anos, perdida, desnorteada, sem certezas, sem rumo, sem nada concreto. E eis que me pergunto: Até quando, meu deus? Até quando?

Acabo de lembrar do quando gosto do Milton Nascimento.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Comprei 5 cds novos, tomei cerveja(s) e (muita) pina colada no final de semana, comi agorahápouco um pacote de Bono de chocolate em frente ao computador, vi um filme ótimo, dormi de janela aberta, li a Caras, fiz as unhas, me achei linda num vestido longo e olha-que-isso-é-raro-porque-normalmente-eu-me-sinto-uma-pipa e com tudo isso declaro que já posso me considerar uma pessoa quase realizada na vida nessa segunda-feira. Fútil, eu? Que isso, eu quero mais é ser amiga do Clodovil.

P.S.: Se alguém tiver receita de pina colada pra fazer em casa, me diz me diz.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

E eis que nessa madrugada nasce a nítida e desesperadora impressão de que nunca mais na vida conseguirei dormir novamente.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Dentro do meu coração mora um gatinho, era o que ela repetia em sorrisos todas as vezes em que ele não entendia suas mudanças súbitas de direção, ou seus repentes de estranheza ou mesmo seu olhar perdido e blasé para o ontem. Dentro do meu coração mora um gatinho e ele bate com as almofadinhas pelas bordas a cada vez que vê algo desconhecido e se arrepia até os bigodes quando se assusta. Dentro do meu coração mora um gatinho e ele vive de caçar borboletas e fazê-las dançar entre suas patinhas para cima e para baixo para cima e para baixo para cima e para baixo até cansar da novidade e preparar-se para o momento logo em seguida ao da próxima descoberta. Dentro do meu coração mora um gatinho e ele se espraia como um deserto e descabela os pêlos da barriga quando se sente feliz feliz. Dentro do meu coração mora um gatinho e ele fulmina seu olhar de tédio que faz parar por alguns segundos o fluxo do sangue no meu coração. Dentro do meu coração mora um gatinho e ele não admite cafuné pela metade, pessoas espaçosas e falta de elegância. Dentro do meu coração mora um gatinho e ele é capaz de ficar noites acordado mirando um ponto fixo se acreditar que dali vai surgir algo que o fará ronronar inteiro de faceirice e boniteza. Dentro de mim mora um gatinho e ele dorme quentinho sempre que recebe por demais de amor, mas há de se entender os gatinhos, eles nunca deixam que se note que o amor é tanto, puro medo de um dia perceber que não têm mais, os gatinhos precisam um tanto imenso de amor para sobreviver. Dentro de mim mora um gatinho - era o que ela respondia todas as vezes em que o percebia escorregadio e atrapalhado consigo mesmo e mais ainda com ela - dentro de mim mora um gatinho e para ele a vida boa se resume simples assim: amor sem grito, carinho sem sufocar, ternura sem susto, espreguiçar o sono e um pouquinho de vento batendo nos bigodes todos os dias de manhã, de tarde, e nos momentos antes de dormir.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

um segundo depois do cair da noite


Dos instantes guardados dos momentos inventados das cores de finais de tarde do abrir e fechar dos olhos dos dedos que bailavam descompassados do coração que se assustava aos pulos da ternura que ainda vive das dores que voltam inundando o amor do passado que volta em sonhos das palavras que se confundem entre os cabelos dos hiatos entre um rio e um mar dos tambores que dizem tantos desejos espetaculares do medo do não do medo do sim dos quereres todos entre o sim e o não do lilás dos olhos quando vêem a chuva ontem mesmo alguém me disse mas você gosta de formigas e eu respondi não, aquilo era tudo uma infância.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Pois que a verdade é que as quatro ou cinco pessoas (com sorte algumas mais do que isso) da nossa vida que são lindas, profundas e especiais nem sempre conseguem fazer com que o espírito deixe de perceber que no resto, todo o resto, absurdamente todo, é tão excessivo o feio, tão insuficiente o tanto que. Você me entende, não?
E tem um trecho de um poema que ele escreveu e que o outro ele recita que é meu lema, que vai comigo pra lápide (trágica) e é nele que eu penso todas as várias vezes ao dia em que eu tenho vontade de chorar, de gritar, de dizer assim:
"Não tenho vergonha de dizer que estou triste
Não dessa tristeza ignominiosa dos que em vez de se matarem fazem versos
Estou triste porque vocês são feios e burros e não morrem nunca."
(Mario Quintana)

Pra ler aos gritos. Bem assim.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Deus é bom, é querido, e eu agora tenho um lepitopi lindo e chique. Usado, mas honesto. E meu PC velho de guerra vai pro André, que vai colocar monitor novo e ser muito feliz no seu apê lá no bairro perto do rio.
E agora que realizei meu sonho de escrever de pernas cruzadas sentada na cama, tudo por aqui vai melhorar. Aguardem.