segunda-feira, outubro 30, 2006

E eu que nunca tinha assistido Noites de Cabíria hoje acordei cedo a tempo de entregar o filme na locadora e eis que me deparo com uma das belezas absolutas do cinema. Há nesse filme uma delicadeza tão grande e um amor tamanho pelos seres humanos e a cena final em que ela sorri com uma lágrima de Pierrot escorrendo em tinta é de chorar tanto, por tanto, pela miséria que somos, pelas misérias que vivemos, pela pequeneza de alguns afetos, pela ingenuidade dos sorrisos, pela esperança inútil que nunca conseguimos deixar de sentir. Sorriso meu, o mesmo, em meio aos enganos, em meio à loucura, em meio ao desasossego, sorriso bobo de quem sempre espera pelas epifanias de beleza, de encantamento, de música, de amor. Mas haverá?

terça-feira, outubro 24, 2006

Estranhamentos existenciais e algo de alegria nas entrelinhas.

É isso, num breve rascunho da vida que por aqui está.

é chegado o tempo de melancias uvas morangos e um gato que passa o dia na janela sentindo ventinho nos bigodes.

Há tamanha doçura em desconhecer. Em subitamente acordar. Nos espantos de haver um dia sentido amor.